A IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DO PEQUENO E
MICROEMPRESÁRIO NO CONTEXTO BRASILEIRO
Sandro
Cesar Ramos BERTASSO1
O Brasil
ocupa a nona posição dentre as maiores economias do mundo. Nas Américas, perde
somente para o poderoso Estados Unidos, com um PIB (Produto Interno Bruto)
girando em torno de 2 trilhões de dólares, medidos por paridade de poder de
compra, segundo pesquisas do Fundo MonetárioInternacional7.
É um país
de mercado livre e exportador, cuja estrutura está alicerçada na exportação
industrial (três quintos da produção industrial sul-americana), agrícola
(terceiro maior exportador do mundo, segundo dados da OMS), mineral e
petroquímico. Mas qual é a contribuição do micro e pequeno empresário para
geração de toda essa riqueza? A resposta dessa indagação nos permitirá sopesar
a importância dessas empresas para economia brasileira.
Segundo
dados fornecidos pelo SEBRAE-SP, as micro e pequenos empresas correspondem ao
percentual de 98% de todas as empresas legalmente constituídas no Brasil, além
disso, essa categoria emprega um contingente aproximado de 56% dos
trabalhadores registrados. No seguimento das exportações,representam 62% dos
empreendimentos exportadores, contribuindo para um expressivo valor de 8,3
bilhões de dólares para balança comercial do país.8
Inobstante tais dados comprovarem a
participação das pequenas e micro empresas no cenário econômico nacional, são
insuficientes para descrever com certa presteza a relevância dessa classe
empresarial. Assim, para completar o raciocínio que iniciamos faz-se mister
comparações com as grandes empresas.
Destarte, o
primeiro aspecto a ser observado é a disposição geográfica. As macroempresas
concentram-se em regiões determinadas, geralmente no sul e sudeste, enquanto
que as microempresas (incluindo as pequenas) espalham-se por todo território
brasileiro, cooperando de forma ímpar na distribuição de renda, amenizando as
desigualdades regionais.
O segundo
ponto a ser visto é a qualificação da mão de obra empregada. As macroempresas
exigem, para maioria das vagas oferecidas, uma considerável experiência e
especificação técnica. Ao passo que as microempresas em conjunto, empregam uma
massa trabalhadora maior, abrangendo do analfabeto ao graduado em ensino
superior. Note que as desigualdades sociais também são aplacadas por esta
ultima categoria empresarial.t
Por fim, o
terceiro aspecto comparativo é capacidade de reação frente às alterações do
mercado mundial. As microempresas absorvem com mais facilidade os efeitos
negativos e, por serem mais flexíveis, esboçam reações mais rápidas aos
períodos de crise. Já as macroempresas, por serem naturalmente mais inertes e
dependentes do contexto econômico mundial, levam mais tempo para reagir, o que
as torna vulneráveis.9
Por fim,
podemos analisar as contribuições das pequenas e micro empresas para o setor
econômico do Brasil. Para tanto, citamos dados que nos revelaram a importância
econômica do seguimento e tecemos comparações com as grandes empresas para
completar o sentido.
Assim sendo, as microempresas e
empresas de pequeno porte constituem uma categoria de firmas espalhadas por
todo território nacional, de extremada relevância para o contexto
socioeconômico do Brasil, justificando a atividade legislativa dos últimos
anos, no sentido de conferir a tais empresas um tratamento jurídico
diferenciado favorecido.
As
comparações poderiam seguir indefinidamente para avaliarmos os valores que as
pequenas e microfirmas agregam à emergente economia brasileira.Porém, não
podemos perder de vista que essas empresas compõem a estrutura da ordem
financeira de nossa pátria, merecendo, portanto, o devido respeito e proteção da
Republica Federativa do Brasil, alicerçada nos princípios que regem um Estado Democrático
de Direito.
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1 Discente do 7º termo do curso de
Direito das Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de Toledo de
Presidente
Prudente-SP, sandrocrb@unitoledo.br
7 Dados retirados da Enciclopédia
Wikipédia, disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil.
Acessado em: 08 maio 2010.
8 Fonte: SEBRAE-SP, disponível em:
HTTP://sebraesp.com.br. Acessado em 07 maio 2010.
9 Extraído do Boletim Estatístico de
Micro e Pequenas Empresas – Observatório Sebrae 1º Semestre
de 2005 – Disponível em:
HTTP://www.sebraesp.com.br. Acessado em 07 maio 2010. _